Distâncias 

Qual a maior distância que você já percorreu? Não estou falando só caminhando... Usando qualquer meio de transporte...

Todas as vezes que nós propomos a fazer uma viagem, seja de férias ou a trabalho, precisamos percorrer a distância necessária para chegarmos nosso destino. E, além disso existe a distância a percorrer para a volta. Já reparou que a distância da ida sempre parece maior do que a volta?

Mas porque isso acontece?

Na maioria das vezes isso acontece por estarmos com grandes expectativas sobre o que pode acontecer no lugar para onde estamos nos dirigindo. Normalmente quando estamos no caminho de ida a expectativa é de que vamos chegar a um lugar onde a rotina do dia a dia vai ser diferente. Novas paisagens, novos passeios ou até mesmo em uma viagem de trabalho onde acontecerão reuniões e palestras, a rotina será diferente do que é vivenciado todos os dias...

Essa expectativa faz com que o caminho de ida pareça ser mais longo que o de volta. Mas isso não é verdade. O caminho de volta parece ser menor por que a volta é para um lugar de segurança. Um lugar onde sabemos as rotinas, os problemas e caminhamos com mais tranquilidade para buscar as soluções. Já temos "mapeados" na mente as "rotas de fuga" para que nada saia do controle.

Mas como entender isso na jornada da vida? Afinal estamos, a cada dia em uma viagem para o desconhecido que pode, e na maioria das vezes faz, mudanças drásticas de rota. Voltar??? Para onde??? Como??? Manter a Zona de Conforto? Como? 

Essas são perguntas que fazemos todos os dias. E sendo bem sincero, as respostas não trazem a segurança que queremos. Parece que estamos em um "vôo cego" onde nada é o que parece... E é quase isso...

Quantas vezes traçamos planos, criamos roteiros e quando menos esperamos tudo muda. Uma doença, um momento sem o emprego, um parente que se vai... Tudo parece ter "virado do avesso" e nada mais faz sentido.

Quando entendermos o que o livro de Sabedoria trás escrito através do Rei Salomão, que diz que nós podemos fazer planos, que podemos criar tudo, esperar coisas novas, mudanças, segurança na vida, através desses planos que traçamos, a sabedoria vai nos dizer que existe uma resposta certa, e não é dada por nós e sim por Deus que tem todo o controle e tudo em suas mãos.

Quando entendermos isso, começamos a fazer a "viagem de volta", mas não uma volta ao nosso controle, nem a nossa forma de agir. É a volta à essência. A volta ao projeto inicial, a volta ao que realmente fomos criados para ser. Mesmo que a "viagem da vida" continue, ela não é mais um vôo cego. Isso porque sabemos que nada está fora do controle, mesmo que esse controle não esteja em nossas mãos. 

E talvez essa viagem de volta seja a maior distância que cada um precisa percorrer. Geograficamente seria a distância da mente para o coração, do racional para a certeza que as emoções estão no lugar certo, a distância entre os dois "eus", o "eu sou, eu posso, eu vivo" par ao "eu dependo, eu só faço se Deus quiser, eu posso mas não faço por não honrar meu criador". Geograficamente é uma distância pequena, mas na realidade pode ser a maior viagem da vida... Mudar de comandante para comandado, mas com certeza será uma viagem que vai acertar os rumos da vida para um novo tempo com esperanças e expectativas reais.

A pergunta que fica é como queremos percorrer as distâncias da vida?

Em "vôo cego" onde não temos um Piloto habilitado para conduzir ou num vôo que, pode até enfrentar turbulências mas que temos um Piloto Plenamente Habilitado, com vasta experiência e que nós vai levar para um lugar seguro?

Temos duas opções para percorrer as distâncias...

A escolha é individual! 

Vivendo Vida na Vida, 

Emerson Páscoa

Narcisismo

 

Narcisismo 

Narcisistas quase sempre dominam as conversas, adoram falar sobre si mesmos e exageram suas realizações.  Ao conhecer novas pessoas, são encantadores e tem um talento especial para fazê-las sentirem-se importantes. 

Não subestimem o poder de persuasão de narcisistas, são mentirosos patológicos, inventam tudo para impressionar seu público. Se mostram como o melhor colaborador da empresa, o mais confiável membro da igreja, o vizinho mais popular do quarteirão, a pessoa mais atenciosa e generosa do mundo. 

Gostam de dominar o ambiente e sempre encantam as pessoas devido a rotatividade. Quando  as pessoas descobrem quem eles são, se afastam, mesmo assim eles ainda tentam se manter no domínio, quando não conseguem, lançam qualquer pessoa “do pedestal para o abismo”. Vítimas de narcisistas em pouco tempo sentem como se fossem levadas ao céu e sem perceberem  a velocidade das manipulações, despertam no inferno.

Como acreditam que são naturalmente especiais, parte de uma classe da elite que merece apenas o melhor, fantasiam que são mais poderosos, mais bonitos, mais ricos, mantém relacionamentos íntimos superficiais e focados, na maioria das vezes, em como os outros os veem, com pouca ou nenhuma empatia pela experiência da outra pessoa.

A saída é uma só, afastar e manter contato zero! 

Você sente que está se relacionando com um/a narcisista? Deixe seu comentário.

Psicóloga Fernanda Soares 

@PsicanaliseeVoce

Ao ler esse texto, tenho certeza que veio a sua memória uma pessoa ou uma situação que você ou viveu ou conhece alguém que já passou por isso! 

O Narcisismo não é só uma questão de mau caratismo, mas uma doença que muitas pessoas não sabem que tem em si.

Um outro pré conceito que precisamos deixar de lado é que o narcisismo é uma exclusividade de homens. Isso não é verdade! Uma mulher também pode ser narcisista, se escondendo dentro de uma falsa impressão que essa mulher toma determinadas atitudes "em nome de um grande amor". 

Mas como se identificar uma pessoa com esse tipo de transtorno?

1) Há uma necessidade constante de admiração e de ser o "centro das atenções", tanto nos relacionamentos quanto nos ambientes que a pessoa frequenta.

2) Falta de empatia e busca por uma grandiosidade em todas as situações que essa pessoa está envolvida. Ser superestimado, imprescindível e insubstituível são características dessa pessoa.

Mas a pergunta que você deve estar se fazendo é: "Isso tem tratamento?" E a resposta é SIM! Tem tratamento e pode trazer qualidade de vida para a pessoa e para os amigos e familiares próximos. 

Embora o narcisista, dificilmente, admita esse quadro, normalmente algumas outras situações fazem com que essa pessoa busque um tratamento, tais como depressão, borderline ou ansiedade.

O tratamento é feito em conjunto de terapia emocional e medicamentosa. Por isso, normalmente temos dois profissionais envolvidos. Um psicanalista ou psicólogopara a terapia e um psiquiatra para a parte medicamentosa.

O Narcisismo adoece a pessoa, a família e os amigos. Precisa de tratamento sério e profissional. Não romantize. Essas pessoas precisam de ajuda!

Promovendo Vida na Vida,

Emerson Páscoa

Paredes e Pontes

 

Paredes e Pontes.

"A vida não é fácil"; "Fui muito magoado, por isso sou assim"; "Sempre fui assim"... Essas são apenas algumas das expressões que diariamente ouvimos ou falamos. E tem muita gente que fala isso. Que vive isso.

Vivemos em uma sociedade cada vez mais isolada, apesar de estarmos conectados o tempo todo! As redes sociais aproximaram os de longe e afastaram os de perto. Algumas pessoas não se reúnem mais em família. Não juntam os amigos de outros tempos, mesmo "curtindo" os movimentos da pessoa nas redes. 

Isso tem acontecido porque temos construído paredes ao redor da nossa vida. Não expomos nossos sentimentos, isso porque não queremos ser inferiores ao que vemos de amigos e familiares nas redes sociais. Construimos paredes... Paredes grossas e altas para que nada nem ninguém possa atravessar e ter uma visão clara de como estamos nos sentimos e quem realmente somos... Isso tem adoecido toda uma sociedade, tem separado famílias e tem destruído relacionamentos. Essas paredes, algumas vezes são construídas nos relacionamentos mais próximos, com pais e até nos casamentos. São paredes. Paredes que construimos para tentar ser "saudável". Paredes para mostrar que somos "fortes"... E isso só tem nos adoecido. Somos a geração conectada no isolamento. Tivemos, na época da pandemia um isolamento social, e hoje vivemos o isolamento emocional.

E o que fazer para mudar isso????

Bom a primeira coisa a fazer é derrubar as paredes. Para isso é preciso que você seja " de verdade". Não tenha medo de mostrar que não está bem, ou que está bem a ponto de poder ajudar quem está perto, e assim construir Pontes. Pontes que vão trazer crescimento pessoal, e mudança de cosmovisão. 

As Paredes separam e isolam, as Pontes aproximam, constroem relacionamentos, crescimento mútuo, cura de traumas e dores, já que a sua dor ou seu trauma e a forma como você lida com isso pode ser o que o outro esteja precisando saber para poder dar um passo em direção à restauração da sua saude emocional. 

Pontes não são fáceis de construir, já que faz com que nós precisemos abrir mão das nossas dores para nós aproximarmos do outro para ser um agente de transformação de vida. Construir Pontes dói primeiro em quem está construindo, porque para que isso aconteça, em algum momento foi preciso uma desconstrução pessoal, uma reorganização de sentimentos para que as paredes fossem derrubadas e assim a Ponte pudesse ser iniciada.

As Pontes, uma vez construídas nos trazem renovo, esperança e alegria. Isso acontece porque ver a transformação de uma pessoa que, assim como nós, passa a ser esse agente de transformação na vida de outra pessoa, nos faz querer repetir e construir mais Pontes.

Seja essa pessoa que Constrói Pontes. Que restaura pessoas, que colabora diretamente para que mais Pontes sejam construídas na nossa sociedade.

Paredes isolam, Pontes aproximam. 

Construa Pontes, Aproxime, seja um agente de transformação de vidas.

Construindo Pontes promovendo Vida na Vida,

Emerson Páscoa